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Inovar no desenvolvimento de soft skills

Inovar no desenvolvimento de soft skills

August 30, 2024 paulo.reis Comments Off

As soft skills, ou como são hoje designadas, as human skills, são um dos temas centrais para o desenvolvimento das pessoas e cultura de uma organização. Nos últimos anos com o avanço do digital e da a.i., as organizações começaram a perceber a necessidade profunda de trabalhar a componente humana como “core” do propósito e da vida interna, no que respeita ao desenvolvimento, motivação e alinhamento das pessoas em torno de elementos comuns, onde todos se revejam.

É precisamente neste ponto, que competências como a inteligência social, o processo de feedbak, os ciclos de empatia ou até mesmo a vulnerabilidade, passaram a fazer parte do dicionário de human skills que acompanha o processo avaliativo, formativo e de desenvolvimento interno.

Estas competências não sofreram só uma alteração profunda, como são cada vez mais impactantes na forma como as pessoas tomam consciência de si próprias, do seu papel na organização e acima de tudo o seu propósito (fator determinante na motivação). Autores como Stewart Friedman ou Robert Kegan, têm vindo a fazer um estudo profundo da importância destas competências e das dinâmicas que lhes estão associadas.

Numa era em que o digital consegue substituir muitas das tarefas ou até mesmo funções, que antes eram feitas pelas pessoas, a eficiência e a rapidez passou a ser um aspeto muito valorizado, contudo, não substituindo a essência das human skills: as emoções.

Ora, é precisamente aqui que nos encontramos neste momento – até que ponto o cérebro límbico e o processamento das emoções se torna mais relevante para a convivência e desenvolvimento das pessoas no interior da organização? E é suficientemente valorizada e reconhecida esta importância?

Numa cultura organizacional racional, em que tudo se mede, se avalia e se pontua, como podemos mudar o mindset tradicional e dar espaço a uma nova forma de olhar para todos os processos da organização, desde a avaliação de desempenho ao cumprimento de objetivos?

A resposta encontra-se precisamente no investimento profundo de novas formas de ver a organização e implementar o chamado processo inside/out, ou seja, trabalhar de dentro para fora em todos os sentidos: nas pessoas, primeiro trabalhar o self e só depois o reconhecimento do impacto da sua ação nos outros; e na organização, trabalhar a visão interna e o propósito para poder atingir um estado de maturidade cultural que permita a organização afirmar-se no mercado.

Tudo isto, está associado diretamente a estas competências transversalmente humanas, que são o fator diferenciador entre empresas de sucesso na contemporaneidade. A evidência destes aspetos, leva necessariamente a um investimento no fator humano e nas competências que lhes estão associadas, não deixando de em permanente acompanhar o desenvolvimento tecnológico que o mundo VUCA nos exige. Mas, que numa realidade cada vez mais competitiva não é a tecnologia que constrói a cultura organizacional, são as pessoas, e esse é o elemento de sucesso de uma organização.

Rui Carvalho
Learning & Development Manager
NBCC Academy